sábado, abril 23
Derramei meu vinho e libertei meu pranto. Minha dor me envolvia como um manto. Chorei incontáveis lágrimas de uma dolorosa tristeza, enquanto medíocres sorrisos sádicos dirigiam-se a mim. Torci impulsivamente para que meus olhos não se tornassem rubros, e para que meu sorriso não se tornasse escasso. Atormentei minha mente com pensamentos de incontrolável depressão. Meu corpo, aparentemente normal, rugia por dentro, de tal forma que espantaria mesmo o mais experiente dos hipócritas. Senti fortes mãos apalpando por dentro o meu coração. Quis gritar, porém recordei que ninguém poderia me ouvir. Tudo o que me restou foi chorar, e colocar toda aquela repugnante lamentação para fora, enquanto os sádicos se prontificavam a rir em meio à multidão.
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