sexta-feira, fevereiro 17
Um dia, uma garota me chamou a atenção. Cabelos ruivos, olhos verdes, uma voz encantadora. Inteligente, bem-humorada e tão linda por dentro quanto por fora. Era minha melhor amiga, a MELHOR entre as melhores. Uma história engraçada, é que quando eu tinha 10 anos eu odiava ela. ODIAVA. Eu cheguei a dar um bofete na cara dela e chamá-la de puta. Haha, eu sei... covardia. Ela era minha colega. Aos 11 eu mudei de escola. Aos 12, eu voltei pra lá. Quando eu a vi de novo, eu pensei: mas que inferno. Juro. Mas, naquele ano, as coisas mudaram. Eu passei a falar com ela, recomeçamos do zero. Ela tornou-se minha melhor amiga, minha maior fonte de alegria. Um dia, eu reparei que não parava de pensar nela. O sorriso dela, o olhar, o jeito... Tudo nela me fascinava, e foi aí que eu percebi: eu a amava. Foi duro aceitar, talvez a coisa mais difícil que eu já tenha feito. Eu não queria amá-la. Não queria por em risco minha amizade com ela. Mas não pude evitar, não pude mesmo. Depois de 3 anos de uma dor intensa, que me rasgava o peito por não poder dizer o que eu sentia àquela garota, eu me declarei. Quando pedi se ela me amava, a reação dela foi: "jura que não vai ficar triste?". Disse que não, mas desabei a chorar. Eu estava me preparando para um terrível "não". Naquele momento, eu temi. Temi que isso influenciasse minha relação com ela, que ela não me deixasse mais me aproximar. Meu corpo tremia como jamais tremeu antes. Os calafrios me consumiam, eram muito, MUITO fortes. Ela permanecia calada. Inquieto e com muito medo, tornei a pedir: "você me ama?". Então ela disse: "o que dizer sobre isso... que tal... correspondido?". Meus olhos se encheram de lágrimas, mas dessa vez, por alegria. Querendo confirmar, me fiz de desentendido. Disse que não tinha entendido direito. Ela então disse: "vou tentar ser um pouco mais clara... tá... eu te amo". E então, os calafrios se tornaram choques, e uma explosão de sentimentos misturados e irreconhecíveis, que eu jamais havia sentido antes, saiu de mim. Caí da cadeira. Pulei. Gritei. Minha mãe chegou a ir ver o que era, pediu se eu passava bem... e viu a conversa. Naquele momento, ela só me abraçou, pasma e emocionada. Jamais esquecerei aquele dia. Foi o dia mais feliz da minha vida. Nove meses se passaram, e o amor, ao invés de menor, torna-se uma chama cada vez maior, mais quente e fulminante. E hoje, mais do que nunca, eu posso dizer com toda a certeza desse mundo: eu te amo PRA SEMPRE, Suelen, meu eterno amor.
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