terça-feira, maio 3

Coloquei-me em meu canto, derramando todo o meu pranto, antes duramente guardado. Procurei por um refúgio, mas parecia que ninguém mais poderia me consolar. Dirigi-me ao meu dormitório, e coloquei-me a derramar minhas dores novamente. Pensei em cometer besteiras. Pensei em me castigar por todas as minhas idiotices. Meu desânimo estava sucumbindo com meu ser. Mas, por um breve e necessário momento, lembrei-me de todos aqueles à quem sou importante. Lembrei-me especialmente de uma pessoa, que me impediu de ir além com todo aquele ritual fúnebre. Lembrei-me de tudo o que a fazia completa, e contemplei sua excelência, a grandiosidade de seu ser. Relutante, consegui sair de toda aquela situação, e o seu sorriso, largo, expressivo e sincero, devolveu meu ser à integridade. Após isso, apenas recordo-me de ter me sentido incrédulo, pelo o que acabara de pensar em fazer, e percebi que o simples gesto de um sorriso me salvou completa e absolutamente. Mas isso me serviu perfeitamente  para me lembrar de que apenas vivo por aquela pessoa, e que nada nem ninguém mudará isso, jamais.

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