Sonho com o dia em que terei você ao meu lado o tempo todo. Sonho com o dia em que eu poderei olhar em seus olhos todas as manhãs, sentir seu beijo doce quantas vezes fosse possível. Admirar teu sorriso e rir contigo, rir da vida. Você me faz sonhar acordado. É incrível. Você é capaz de me deixar louco. Você me faz respirar, me faz viver. Você é simplesmente o meu maior sonho. Teus olhos me hipnotizam. Tua voz me encanta, e ela é como o canto de uma sereia, que me faz cometer loucuras, simplesmente para te admirar. Queria que você estivesse aqui, para eu poder apreciar teu cheiro, sentir teu corpo, lembrar de tudo o que já passamos, e rir junto contigo. Poder sentir tua respiração, teus batimentos. Eu sou LOUCO por ti, e essa é a maior verdade. Eu simplesmente te amo, e já morro de saudades só de pensar que nem uma semana se passou dos 2 meses que estão por vir. Eu te amo, minha vida. Para Suelen Camargo, meu amor, minha ruiva, minha garota, minha mulher, minha vida.

O vento sopra gélido esta noite, o que não é de seu feitio em madrugadas de Domingo. Sinto-me completamente isolado. O ranger de portas, coachar de sapos e risos na tv pouco fazem eu me sentir melhor. Meus pés ainda tocam o chão, mas a meu ver, já estou voando há tempo. Minha alma flutua como uma pena em direção ao vazio. O meu déficit de atenção explode como uma bomba e me deixa perigosamente desatento e de guarda baixa. A dislexia vem as poucos, deslizando-se sorrateiramente entre as palavras. No decorrer dessa escrita, meus olhos embaraçam, as letras mudam de lugar. Está tudo um caos, uma completa confusão. Só espero estar melhor amanhã. Espero vê-la amanhã. Espero que sonhe comigo hoje.

Minhas mãos frias tocam uma à outra. Minhas palavras jazem esquecidas na quietude da noite, sem nem ao menos um epitáfio para acompanhá-las. Meus pesadelos surgem com desdém à minha clemência para comigo mesmo. Estou sozinho, mesmo estando junto de outros. Entediado, busco algo para me tirar desse aperto. O que encontro? Nada além das mesmas fotos, os mesmos livros, as mesmas músicas. Não que as fotos, os livros e as músicas não sejam bons, mas acontece que nessas horas, tudo parece ruim.
Estou fraco, fraco por dentro. Não consigo mais nem raciocinar decentemente. Estou fraco por dentro da minha garganta, agora moribunda, cheia de dores e reagindo com tosse seca. Estou fraco por dentro dos músculos das minhas pernas, que suplicam por descanso imediato. Mas eu não quero, eu tenho muito mais o que fazer. Tenho? Se não, eu sinceramente gostaria de ter.

Kamimi - Livro 3, capítulo #13 - Terror Recíproco

Sabe porque eu odeio as noites de Halloween? Bom, deixe-me explicar.

Acontece que, uma vez por ano, as bruxas das famílias Hussain, Allen, Lloyd, Onori, White, Edwards e Engelmann são libertadas de suas limitações e tornam-se livres por completo. Diz a lenda (que não é apenas uma lenda), que uma vez por ano, um forte vento sopra por todos os cantos do mundo, e que, nessa data, não importa onde você esteja, você sentirá o vento e ouvirá uma leve brisa, como se estivessem assoviando suavemente ao seu ouvido. Essa data é 1º de Julho. A data não é por nada, ela tem uma razão: são sete famílias, representadas pelo sétimo mês, buscando um único objetivo, representado pelo número 1. Quer comprovar? Espere pelo próximo 1º de Julho, das 7 da manhã às 7 da noite. Num período de 12 horas, pode ter certeza de que as sete famílias sobrevoarão sua cidade a uma velocidade assustadora, levando consigo o vento. De qualquer forma, como eu disse antes, elas possuem um único objetivo: iniciar as preparações para o Halloween. 

O Halloween é, sem exagero, o pior pesadelo de alguém que vive em um mundo paralelo, especialmente os mundos dos deuses, das fadas e o reino da magia. Se não fossem as sete famílias, o Halloween nem sequer existiria. Por esse mesmo motivo, a palavra "Halloween" foi originalmente concebida como uma abreviação dos sobrenomes das sete famílias de feiticeiras: Hussain, Allen, Lloyd, Onori, White, Edwards e Engelmann.

O "pior pesadelo" começa com um convite estúpido, que geralmente leva estampado em sua capa uma imagem mágica de borboletinhas de cor margenta dançando. Cada borboletinha vai pulando e deixando um rastro de luz que forma a palavra "convite". Eu acho isso ridículo, mas tem quem goste. Existe louco pra tudo, não é? Mas, se algum dia você vier a receber um desses "trequinhos", por favor, fica a dica: não aceite. Caso você aceite, elas te levarão da próxima vez que você piscar os olhos (como eu disse antes, são muito rápidas), e quando você tornar a abrir os olhos, estará em uma mesa de chá repleta de aperitivos "deliciosos", como fezes de rã, patas de aranha, rabos de rato ou caramelos sabor meleca de nariz e bombons sabor cera de ouvido. É nojento, mas eu infelizmente já aceitei, e elas não te deixam ir embora até provar ao menos um punhadinho de cada iguaria. 

Porém, não aceitar tem o seu lado ruim também. Quem receber o convite (que geralmente são todos do mundo mágico e alguns mortais comuns desprovidos de sorte) e não aceitar, pagará uma multa. Essa multa é frequentemente uma coisa patética, como enrolarem papel higiênico em suas casas ou degolarem as galinhas de telhado que apontam a rosa dos ventos. Porém, outras vezes (mais raramente), elas furam os pneus dos carros, riscam a lataria e ateiam fogo em seus dedos do pé enquanto você dorme. Mas, convenhamos, nada disso é tão ruim quanto tomar um suco sabor suor de atleta e comer um sanduíche de baratas, é? Não, não é.

Mas enfim, à meia-noite do dia 31 de Outubro, os poderes das bruxas são limitados novamente, e elas não podem mais voar com tanta velocidade, nem mandar convites dançantes para mais ninguém (aliás, até podem, mas terão que pagar por isso). Então, só resta elas esperarem pelo próximo dia 1º de Julho, quando serão libertadas para chatear a vida alheia novamente. 

Ah, outra coisa: aproximadamente 70% de todos os doces que as crianças recolhem no Halloween foram trocados pelas bruxas por balas controladoras, que dão às crianças vontade de comer mais e mais doces. Desta forma, as bruxas mantém-se vivas durante séculos, aproveitando-se dos portais interdimensionais entre o mundo dos humanos e da magia que as pessoas criam sem saber em suas residências durante as semanas que antecedem o Halloween, e que geralmente, são portais-abóbora.

Pois é. Por isso, da próxima vez que tiver uma festa de Halloween, lembre-se do porque que eu tanto odeio essa data. 

Onde está a sua coragem. quando seus sonhos parecem ser em vão?
Onde está sua força para se reerguer, quando seus próprios sonhos te derrubam?
Onde está sua audácia de seguir em frente? Cadê?
Onde está sua lealdade para consigo mesmo?
Onde estão sua lágrimas de suas vitórias? Teriam elas sido engolidas por suas espúrias lágrimas de suas derrotas?
Onde está seu ego? Sumiu?
Onde está o sentido de sua vida? Ou não há mais?
Onde está sua razão para viver? Ainda existe?
Agora, ouse questionar sua integridade e pergunte: Quantas vezes já parei para me perguntar esse tipo de coisa?
Ótimo, agora responda. Aqui vão algumas dicas.
Onde está a sua coragem. quando seus sonhos parecem ser em vão? - Sua coragem está, por vezes, mascarada. Revele-a, e retire-a de trás de seus temores. Não faça dela superficial. A pseudo-coragem não leva a lugar algum.
Onde está sua força para se reerguer, quando seus próprios sonhos te derrubam? - Sua força encontra-se no dom de acreditar, na esperança de que tudo vai melhorar.
Onde está sua audácia de seguir em frente? Cadê? - Sua audácia? Junto com sua força, é claro. Se você achou sua força, sua inspiração, logo acharás sua audácia de tentar.
Onde está sua lealdade para consigo mesmo? - Disfarçada por trás de sua auto-impiedade.
Onde estão sua lágrimas de suas vitórias? Teriam elas sido engolidas por suas espúrias lágrimas de suas derrotas? - Não, engolidas não foram. Foram esquecidas depois de tanta dor. Basta recordá-las.
Onde está seu ego? Sumiu? - Tenha a certeza de que não. Ele existe sim, está perdido dentro de sua mente, dentro de pensamentos cujos temas abordam coisas como "minha vida é dura" ou algo do gênero.
Onde está o sentido de sua vida? Ou não há mais? - A vida não tem sentido, nunca teve. Somos nós quem damos sentido à ela, através das escolhas certas (ou não). Cabe a você, e unicamente, discernir o certo do errado.
Onde está sua razão para viver? Ainda existe? - Mas é claro que existe. Seus sonhos estão aqui para isso, seus amigos, suas memórias, suas fantasias, seu desejos mais profundos. Se você já os realizou, simples: opte por um novo que lhe agrade mais.
A vida pode até ser feita de rosas, porém, todas as rosas têm espinhos. Cabe a você evitá-los ou ser perfurado por eles.

Do you know what am I feeling? I feel the biggest feeling someone can feel. Yes, I know, I repeated many times the word "feel" (and I'll still repeat it a little bit more), but that's the truth. I feel special and important for someone, someone who cares with me, who cares about what's going on around me. An unforgettable feeling, really unique. There are no sufficient words on this world to describe what I'm feeling right now, but I guess the most next one is love. I feel different, different than some time ago. Now I wake up and get up thinking on one person, and only. She is my strenght to go on, to go for my dreams. I don't stop looking forward, because of her. One of my dreams is open my eyes, wake up in the morning and see her beside of me. That really would be so fucking perfect. I wish I could touch her every moment, every second really. I'm not feeling alone anymore, now I've found someone to keep on going with me, on this life which reserves lots of obstacles. I wanna see her eyes every morning, every night. I wanna also marry her. Yes, I want it, and no one will change my mind about it. I wanna have a home with her, have a family. I wanna be beside of her until my life is through. And now, I've made my mind up, finally. Now I just want this feeling to last forever.

Andei desacordado por ruas desniveladas e espúrias, incrédulo de que o tempo pudesse estar nivelado ao presente à minha volta. Lugar escuro, sombrio, morto. Lembrei de minha indecente, estúpida e inútil capacidade de me perder,  e o fiz. Assim foi. Andei perdido e sem rumo por becos imundos e úmidos e por ruas vazias e atordoantes. Estava descalço. As únicas formas de vida que podia ver eram estranguladoras enroscando-se em árvores podres e  moscas zunindo aos meus ouvidos, mas eu nem ligava. À frente, leste, o Sol começava a erguer-se, e sua luz captada por minhas pupilas dilatadas pelo escuro desatinava meus pensamentos. Mas eu estava feliz, feliz por ver que o Sol voltara a nascer. Feliz por sentir seus raios lentamente penetrando minha epiderme e deslizando suavemente através da derme, fazendo eu me lembrar que ainda estava vivo. Acordei. Minha caminhada fora apenas um sonho, mas eu permanecia feliz, porque mesmo sendo um sonho, o Sol realmente voltara a nascer por trás das colinas, e sua luz irradiava meu quarto, atravessando as ventanas entreabertas.

E quando tudo parecer perdido, quando as sombras do fracasso rondarem adentrando a escuridão de seu coração, quando tudo estiver dando errado e você não mais acreditar em si próprio, a mescla espúria e repugna da dor lhe matará. Matará teus sonhos, e levará a ti com eles. Matará seus desejos, suas ambições, matará seu verdadeiro eu. E quanto aos outros? O fracasso jamais surge sozinho, é influência de sua mente incrédula ou da perversidade alheia. Daqueles que querem lhe derrubar, que tentam lhe pisar. Podem pisar, mas jamais deixe que te esmaguem. Quem pisa em vidro quebrado corta o pé. Então, quando tudo parecer perdido, quando as sombras do fracasso rondarem adentrando a escuridão de seu coração, quando tudo estiver dando errado e você não mais acreditar em si próprio, esqueça a maldita mescla espúria, levante-se e continue de cabeça erguida, sorrindo e vivendo a sua vida com um sentimento único de vitória, e insinuando aos que tentaram lhe derrubar algo como "terão de fazer muito melhor". Vença o fracasso, transforme-o em sua maior vitória, em um aprendizado. Você é o coveiro de sua própria cova. Então, evite que ela seja cavada.

And I was floating. Floating so high up in the sky, with no apparent reason. And I felt just like I was missing, just like I wasn't there, not anymore. And I was increasingly driving crazy. I was lost, lost in my own lies. Maybe I'll know somewhere deep in my soul, where no one reaches me to drive me through bad ways. And I was thinking, thinking about you. I was waiting on you. I've never been perfect, even in my better days. Even in that day, it wasn't different. My knowledge was disappearing. My knowledge about what's around. Around you, everything was so perfect. And I was evying you, walking through the time, lost and with no route.

E então, eu descobri. Descobri que o amor é muito mais do que uma palavra, à partir do momento em que te conheci. Descobri que, quando se ama alguém, um toque já não é mais simples. Ele desperta desejos, sonhos, vontades. Desperta algo mais. Um beijo, contudo, é a simples prova de que nada nos separará. É como umlaço, um selamento, uma corrente, que nos prende à simples vontade de amar. Nossos corações já não são mais individuais, batem em coro. Nossos pensamentos estão ligados, os nossos desejos, as nossas vontades. Não somos mais os mesmos. As coisas não sãomais como eram antes, e diga-se de passagem, ainda bem que vieram a ser como são. Eu te amo ♥

And I tried, I tried so hard. And I cried, I cried so hard. And now, I got so tired of all this crap.

Someone else can come n' save from myself.

Help.

Floating so high up in the sky, no reason why, n' no regret really.

Desculpem-me pelo tempo que fiquei sem postar. Fiz mudança, e como consequência, acabei ficando sem internet. Mas agora, Walking Through the Time reabre suas portas, e uma nova jornada pelo tempo tem início, à partir deste exato momento. Este que vos escreve esteve muito ocupado com trabalhos de escola, mas isso é caminhada passada. Uma nova etapa abre hoje.

 - Who are you?
- ...
- Who are you?
- ...
- Say it!
- ...
- Tell me who you are!
- I'm Reitan! Reitan Bill Hunt.
- How old are you, Reitan?
- Fifteen.
- How long are you fifteen?
- Fifteen years.
- Who are your parents?
- I've never met them... I grew up lonely.
- Where are you from?
- I'm from Rio. Rio de Janeiro, Brazil.
- You're lying.
- How?
- In this paper I'm holding it is written you were born in Rio Grande do Sul, Brazil.
- I hadn't the knowledge about it.
- Whose is this?
- This what?
- This locket I'm holding.
- I don't know.
- It has some words on its side... let me read it loudly.
- Ok.
- The owner of this locket is the one who's alive in name of the Olympus. Once it's found, the owner can be revealed with a weak touch in the forehead of the suspect. If the locket glows... you found the owner.
 - Ok, and...?
- Take this!
- Wow! You beat it in my forehead! Don't you know it hurts? You're so... What's that?
- It's glowing just like a lightning. Listen! There is a bass sound of people laughing...
- ...
- So, I finally found you! You're the owner of this locket, and the heir of olympians's blood.
- No... No, I'm not! This locket's deceiving you! I'm just a... just a sucker guy with no family, with no route, who's hated by the most of the teenagers from my school.
- Listen, Reitan! You're the sent one! You're the choosen one!
- I'm not! What a drug! I'm just a guy in denial!
- Touching, but you aren't only it, and you know very well.
- Yes, I'm the choosen one... the choosen one to be hated, and despised...
- Reitan... Grab it!
- What?
- Hold the locket in your hands, please.
- ...
- Please!
- Ok... Gimme this drug.
In this moment, Reitan holds the locket, and it starts glowing increasingly more.
- What's happening?
- Well as a thought! Look at that! The locket's floating!
And the locket explodes into colored flames, which enter in Reitan's heart, and disappear soon after.
- ...
- ...
- Oh...! By the gods' love!
- I'm a... I'm af...
- You don't need to be afraid. It's not gonna hurt you.
- ...
- It was so...
- Beautiful!
- Yes. I hope you understand it and agree with me now, Reitan... you're the choosen one!
- The choosen one for what?
- Please come with me, I'll explain you a bit more, and...
- ...And?
- I'll be your trainer.

A água escaldante do rio Estige tocava meus pés. Tudo estava tão... sombrio. Estávamos eu, Thalia e Helen, frente-a-frente com Keinan, a minha problemática irmã mais velha.
Fitei Keinan por alguns segundos. Ela usava uma roupa preta, muito preta. Jaqueta de couro, um jeans surrado e tênis All Star. Seus olhos cintilavam de uma cor cinza, marcados por laranja ao redor. Usava maquiagem pesada: Boca pintada de batom roxo-escuro, e lápis-preto que partia da base dos olhos e ía até a extansão lateral do rosto. Estava assustadora.
Ela voltou-se contra mim, me olhou fundo nos olhos e não disse uma única palavra sequer. Tudo o que fez foi estender e abrir sua mão direita, colocar sua mão esquerda com os dedos indicador a médio abertos frente ao rosto, e conjurar sua varinha. Logo eu, Thalia e Helen fizemos o mesmo, enquanto Keinan nos fitava espuriamente. Ela balançou sua varinha, recitando as palavras:
- Nullam at locus!
O feitiço veio com tudo em nossa direção. Era um feitiço simples, usado para fazer as coisas voltarem aos lugares de origem, e não saírem de lá até segunda ordem. Para ser sincero, eu não sabia o que ela queria com aquilo, até que o feitiço atingiu Thalia.
Imediatamente, a varinha de Thalia desapareceu, fazendo-a entrar em desespero. Pedi a ela que se acalmasse e se posicionasse atrás de mim. Agora éramos apenas eu e Helen. Assim, Helen atacou:
- Alica Lacus!
O feitiço sorteado. Helen tinha 95% de chances de acerto, devido ao seu nível como bruxa. Funcionou. Logo, uma imensa árvore surgiu e prender Keinan, segurando-a firmemente pelos braços. Keinan nem se importou. Ela se concentrou, e mesmo sem poder alcançar a varinha, gritou:
- Renovamen!
Feito isso, Keinan usou a magia do teletransporte, e apareceu atrás de Thalia, ampunhando sua espada.
- Clipeum! - gritei eu, defendedo assim o ataque de Keinan.
- Fragmen Massae Corpus! - a magia da moleza parcial. Apontei a varinha para o braço direito de Keinan, tornando-o inútil durante os próximos 30 minutos.
Keinan Renovamou de novo, e apareceu frente a nós novamente. Parecia bastante irritada com o que acontecera com seu braço. Sem dó nem piedade, Helen ateou fogo em Keinan.
- Mortuus Ignis! - O fogo mortal. Isso teria matado qualquer um, mas como Keinan é imortal, e somente eu e Darui podemos matá-la, ela só ficou um tanto debilitada.
- Evellam Totum Corpus! - gritou Keinan. Esse era o feitiço usado para esquartejar o inimigo, mas antes que ela pudesse matar Helen, eu a impedi.
- Faciam Ego Subsisto! - dito isso, a varinha de Keinan travou, e o feitiço não funcionou.
- Seu garoto miserável! Vagabundo! Cretino! Canalha! - Keinan me xingava, enquanto Helen apenas ria.
Keinan voltou-se contra ela, enfurecida, e fez algo que eu não esperava:
- Massae Totum Corpus! - feito isso, o feitiço ricocheteou e bateu em Thalia. O que aconteceu? Thalia ficou com o mesmo efeito do braço de Keinan, só que no corpo todo.
Keinan ria sarcasticamente, e fez outra coisa que eu não esperava:
- Reditus Motus! - era um feitiço novo. Keinan apontou a varinha para seu braço esquerdo, e logo o mesmo foi curado.
Reditus Motus significa "O Retorno do Movimento". Acho que entendi a moral do feitiço. Helen encarava Keinan, como se as duas tivessem assuntos pendentes. Porém, quando fui dar o passo para atacar, Keinan me interrompeu com uma fala inesperada.
- Reitan, nós somos irmãos. Não irei lhe machucar.
Por um instante, fiquei feliz. Mas o que veio depois...
- Suspensio! - Keinan usou o feitiço de levitação em mim, e me jogou para bem longe de minhas amigas.
Helen e Thalia estavam sozinhas contra Keinan, e não tinha chance alguma. Keinan continuou:
- Viu só? Não lhe machuquei... Mas já essa sua amiguinha medíocre que riu de mim, não será tão sortuda quanto você, Reitan.
Eu não podia me mexer, estava sendo segurado por Keinan. Tudo o que pude fazer foi assistir. Keinan levantou sua varinha, mirou Helen e repetiu as palavras cujas quais eu não queria ouvir:
- Alica Maximum!
- Nããããão!
Gritei desesperadamente, mas nada teve efeito. Depois, Keinan desapareceu, eu e Thalia fomos libertados dos feitiços. Corri aos prantos em direnção à Helen. Thalia a segurava nos braços. Helen sorria. Sua varinha permanecia entre seus dedos, ainda quentes. O choro de Thalia me comoveu. Diria que Helen estaria viva, não fosse por seu corpo inerte, aos braços de Thalia, que sustentavam o corpo de Helen e o impedia de ir ão chão. Parei. Me ajoelhei ao lado de Helen, e fechei seus olhos, lentamente. Seu sorriso permanecia estampado em seu rosto. Chorei. Gritei. Senti dor, muita dor. Senti como se estivessem me apunhalando pelas costas. Tomei o corpo de Helen dos braços de Thalia, que permanecia inconsolável. Levei a testa de seu corpo desalmado à boca, mal encostei meus lábios nela. O que mais mé doía, era saber que não pude fazer nada. Nada. Absolutamente nada. Helen dera sua vida por nós, e tanto eu quanto Thalia, nada pudemos fazer para impedir o seu fim. Helen se fora. Seus risos se foram com ela. Mas a lembrança da Helen que conheci, a minha melhor amiga, estarão vivas para sempre, por mais que ela não esteja mais aqui.
E, naquela noite, meu coração se partiu em mil pedaços. Apenas rezei, em silêncio, e nada mais fiz.

Hoje, a mulher mais impressionante e batalhadora que eu conheci estaria de aniversário, se estivesse entre nós: minha vó. Aquela mesma avó para quem eu lia histórias. Aquela mesma avó que fazia o melhor bolinho de chuva que já comi. Aquela mesma avó que fazia pães, e cujo abraço era único. Célia Maria Patel Elias, minha avó, meu exemplo, minha segunda mãe. Te amo pra sempre.
 
Today, the most impressive and battler woman I've met, it would be her birthday, if she still was here among us: my grandma. That same grandma for whom I read histories. That same grandma who used to make the most delicious cake I've ever eaten. That same grandma who used to make loaves of colonial bread, and whose embrace was unique. Célia Maria Patel Elias, my grandma, my pattern, my second mother. I love you forever.

January 10th, 02:42 AM. I was walking on the street, with no route. It was dark, very dark. Houses resembled monsters. I was alone, and I've forgotten what I was looking for. I kept on walking, and found a showcase of a book store. Inside that glass I saw something at least interesting: a vampire in the front page of a magazine. Immediately, I reminded what Phillip told me: "Everyone is a vampire. People just have to know to control them. When people surrender to discord and anger, when people lose their will to live, when people are able to see only the dark side of things, and when people sell their desires to fall down in their lives, the vampires who exist inside of them are awake. They convert all this anger into power, and release it soon after, destructing the personality of their owners. Vampires are not different creatures, even monsters aren't. The world is full of monsters, and full of idiocy. This idiocy releases the anger, and as a consequence, a vampire is released together it. It's quite possible to control them, the only secret is: ignore the ignorance. That's all. That will make you get safe of all this terror. But, the worst thing is that it's a vicious cicle, a cicle without end, which is never over. The motive for it to happen is very simple: as you should know, a vampire never dies, and the vampire transformation is genetic. This means that a child of a vampire will be a vampire too, and the heirs of their anger will be stronger than their vampire parents".
So, I kept on walking again, but this time I couldn't stop thinking: "will I be able to control the vampire inside of me? Will I be able to save me from my dark side of myself?" I really couldn't stop thinking about that.

Feitiços:

Nullam at locus! - Usado para fazer um indivíduo voltar ao seu lugar de origem ou lugar de onde saiu / Para arrumar algum lugar desarrumado.

Reditus anima! - Feitiço de ressurreição. Usado por filhos de Hades, podendo muito raramente ser usado por filhos de Hermes.

Sopor! - O indivíduo atingido por esse feitiço cai em sono profundo e só acorda no dia posterior.

Suspensio! - Usado para fazer um indivíduo ficar suspenso no ar / Para levitar objetos e animais.

Ignis! - Cria fogo / Incendeia. Não pode ser usado em humanos.

Mortuus ignis - Versão mortal do feitiço Ignis. Pode ser usado em humanos.

Fragmen massae corpus! - Causa moleza, fraqueza e inutilidade  de algum membro do corpo.

Faciam ego subsisto! - Para impedir feitiços lançados por outros.

Obliviscaris! -  Para apagar a memória.

Memento! - Para recuperar a memória.

Evellam fragmen corpus! - Para cortar um membro do corpo do inimigo.

Evellam totum corpus! - Para esquartejar o inimigo. É, na maioria das vezes, mortal.

Oppugnum maximum! - Causa danos sérios ao oponente, podendo levá-lo à morte, dependendo da intensidade com que o feitiço é lançado.

Alica lacus! - É um feitiço sorteado. Nem mesmo o usuário sabe o que irá acontecer. É arriscado, porque pode ser favorável ao inimigo.

Ignis maximum! - Causa incêndios enormes / Carboniza o oponente / Causa explosões.

Alica maximum! - Causa morte instantânea.

Auxilium de mortum! - Usado por filhos de Hades, esse feitiço invoca os mortos para ajudar o conjurador na batalha.

Massae totum corpus! - Causa moleza, fraqueza e inutilidade no corpo todo.

Depellere! - Usado para dissipar algo, um feitiço ou até mesmo alguém. Quando alguém é dissipado, acaba indo parar em algum lugar qualquer (continental) no planeta Terra.

Renovamar - A palavra Renovamar deriva de seu feitiço, Renovamen. Usado para ressurgir, teletransportar-se para algum lugar qualquer no Universo. Se usado antes de morrer, faz com que o usuário ressurja do mundo dos mortos.

Clipeum! - Escudo, defesa. Usado para a defesa, obviamente.

Finis! - Barreira usada para se defender de algum ataque maior.

Lucem finis! - Barreira lumonisa, usada para  repelir os ataques e feitiços mais fortes do mundo.

Katherine Janne Beesley is an American demigod, who is the daughter of Hera with a mortal man. Around 1979, Katy was born in the town of Liberty, Oklahoma. Today, she lives in Spiro, a town localized in the same state. Because of her relationship with her mother, Katy is a very careful woman with her loved ones, so she protects her family and friends. Her power includes the hypnosis (skill that she uses to stun up her enemies, and make them obey her wishes), and the cure. Furthermore, she's also a very good fencer in battle. She's known by the other demigods as an unpredictable woman (and warrior), 'cause she's able to hypnose her enemies, and attack them without their knowledge. Later in the history, she meets Reitan, and they become great friends. Well, she even might be a great warrior, but she doesn't lose her care with her loved ones, who are the reasons of her life, and by whom she would be able to die.

Keinan, nascida Keinan Elizabeth Hunt, é uma semideusa, filha de todos os deuses do olimpo, e de cinco titãs. É a irmã mais velha de Reitan e Darui. Tem aproximadamente quinze anos, e é a garota mais poderosa do mundo.
Reza a profecia, concedida pelo Oráculo, que Keinan, junto com seus irmãos, será a resposável pela salvação ou pela destruição do universo. Possui mais poder do que todos os deuses e titãs juntos. Nasceu em 1996 no Brasil, mas foi separada de seus irmãos na maternidade, e desde então vive na Província de Hokkaido, no Japão.
Diz a lenda que aquele que usa o poder de hipnose, possui a cor de seus olhos transformada: a íris fica pigmentada com uma cor mais azul que o céu no dia mais brilhante de um verão escaldante. Por isso, aos dez anos, Keinan quis descobrir do que se tratava a lenda. Assim, a garota se aproximou de um espelho e conjurou seu poder de hipnose. No mesmo instante, o poder da garota voltou-se contra ela, e a parti daí ela tornou-se má e cruel, uma criminosa universalmente procurada.
Com o passar dos anos, Keinan, Reitan e Darui acabaram se conhecendo, porém, esse encontro não foi lá muito amistoso, já que Keinan acaba por matar Darui. Isso foi possível porque, apesar de os três serem imortais, eles podem morrer sim, contanto que sejam mortos por um irmão deles, e foi o que aconteceu.
Mais à frente, Reitan ressuscita Darui, conjurando o feitiço Reditus Anima. Após isso, Reitan e Darui quebram o feitiço hipnótico de Keinan, e ela volta a ser boa novamente.
Bom, o resto da história não dá pra contar, porque, afinal, iria perder toda a graça... certo?

(Gabriel) - Don't you know what's going on?

(Gabriele) - What?

(Gabriel) - Doomsday is coming! And there's nothing you can do to stop it…

(Gabriele) - Nothing?!

(Gabriel) - Well, there's a little thing…

(Gabriele) - What can I do?

(Gabriel) - Go on with your journey. You are going to discover that world is worse than you thought, but when you notice it, well... I fear it will be too late.

(Gabriele) - But… You still didn’t tell me! What can I do?

(Gabriel) - Ahead, you’ll find a dark grove.

(Gabriele) - A dark grove?

(Gabriel) - Yes, a very dark grove. You’ll find a small house.

(Gabriele) - …

(Gabriel) - But don’t enter in the house! If you don’t take care… you’ll die.

(Gabriele) - I’m accustomed with danger… I guess.

(Gabriel) - But now it’s different. It’s worse than you think.

(Gabriele) - …

(Gabriel) - Walk around the grove, and you’ll find a key.

(Gabriele) - How’s the key?

(Gabriel) - A gold key, with some details on the side.

(Gabriele) - …

(Gabriel) - Then, use it to lock up the house. If you don’t, be very welcome to the hell.

(Gabriele) - Ok, I’ll remember this.

(Gabriel) - Yes, it’s better for you to remember.

(Gabriele) – Thank you for your help.

(Gabriel) – Don’t thank me yet. I didn’t tell you what you are going to find out there.

(Gabriele) – Can you tell me?

(Gabriel) – If you promise me to be quiet, I can.

(Gabriele) – I promise. Now, can you tell me what’s so dangerous?

(Gabriel) – I didn’t tell you that is dangerous. That’s just a… setback.

(Gabriele) – What do you mean?

(Gabriel) – Well, if you don’t fulfill the prophecy in 15 days…

(Gabriele) – What will happen?

(Gabriel) – The world and all its life will disappear.

(Gabriele) - :o

(Gabriel) – You have 15 days from the moment you start walking again. But please, remember this: If you enter in the house… you’ll advance the doomsday… this is not a fairy tale.

(On this moment, he disappears).

(Gabriele) – Yes. I guess this... hello?

(Gabriele) – Hm... So strange!

Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, 21 de Junho, solstício de verão. Lá estávamos eu e Keinan, dentro do hotel e casino Stratosphere Las Vegas, quarto número 2253, a centenas de metros do chão. Keinan me fitou por alguns instantes, e disse:
- Que tal treinarmos?
Eu retruquei.
- De jeito nenhum! Quero dizer... isso é loucura! As outras pessoas não precisam saber que nós...
- Que nós somos semideuses? E que até os deuses temem o nosso poder?
- Bom... essa é a intenção.
- Veja bem... ãhn... maninho. Deixe de tanto drama, um treino não vai fazer mal algum.
- Nem vem! Você esqueceu que podemos colocar esse lugar abaixo?
- Hm, talvez. Vamos chamar isso de consequência simples.
- Simples? Me poupe.
- Então, que tal um trato?
- Sei que ainda vou me arrepender disso, mas... diga.
- Ah, bem engraçadinho. É o seguinte: eu vou usar o poder de Afrodite, e manipular o sentido dos humanos.
- Ok... e?
- E daí é que eles não ouvirão nem sentirão absolutamente nada.
- Hm... e quanto ao fato de perigo de destruição desse lugar?
- Não há perigo algum, nanico.
- Ei, eu sou mais alto que você!
- Mas e daí? Eu nasci 5 minutos antes, então você para sempre será um nanico.
- Tá então, se tu diz...
- Que bom que concorda! Enfim, o prédio não será destruído. Eu tenho tudo sob controle, ok?
- Ãhn... o...  ok.
Não me peçam como eu concordei. Só acho que... acho que alguma coisa na voz dela me pareceu bem real, e me deu confiança. Assim, Keinan murmurou algo em grego antigo, e uma leve brisa pôde ser sentida. Em poucos instantes, todos os sentidos relacionados à magia dos humanos haviam sido desligados. Keinan abriu um sorriso, parecendo muito satisfeita com o que fizera. Então, murmurou novas palavras em grego antigo, e a leve brisa logo transformou-se em um ciclone, engolindo tudo o que estava em seu caminho. Me perguntei como era possível que os humanos não sentissem aquilo, e como é que aquele lugar não viera abaixo. Logo, percebi que algo, parecido com um campo de força, impedia o poder de Keinan de destruir a torre do hotel-casino Stratosphere Las Vegas. Pulei para trás, e me concentrei no poder de Zeus. Fechei rapidamente os olhos, e quando voltei a abrí-los, dissipei o ataque de Keinan.
Logo, a expressão de Keinan passou de sorridente para frustrada.
- Agora é você que ataca, moleque! - disse Keinan.
Fechei os olhos e rezei para Hefesto, o deus das máquinas, da tecnologia, e do fogo. Dessa vez, eu estava interessado no fogo. Me concentrei um bocado, impulsionei minhas mãos frente ao peito e desferi um golpe no meio do nada. Imediatamente, uma enorme e escaldante bola de fogo dirigiu-se à Keinan, mas ela a defendeu com um simples gesto: ela colocou sua mão direita frente ao peito e se concentrou, lançando um campo de energia que eu reconheci de imediato: telecinésia. Assim, minha bola incandescente parou frente à ela, que fez um novo gesto com as mãos, fazendo com que minha bola de fogo fosse atirada de volta a mim.
Durante alguns segundos, cedi ao desespero. O fogo enviado de volta vinha como um míssel, e eu tinha pouquíssimo tempo para me defender antes de virar churrasco de fim de ano. Foi então que lembrei do meu pai, e conjurei os seus (e os meus) poderes. Me lembrei das ondas quebrando na praia, do tridente, imperando no palácio submarinho, da areia, dos terremotos... lembrei-me de Poseidon.
Assim, meus olhos brilharam. Uma forte luz tremeluziu no quarto, e uma enorme muralha de água ergueu-se perante a mim, e apagou a bola incandescente que fora enviada de volta. Keinan ergueu as sobrancelhas, com ar de espanto. Então, controlei a água e atirei uma enorme onda destrutiva na direção dela: a batalha real havia, oficialmente, começado.

E o tempo passa, o sorriso falso se apaga, e as lágrimas voltam como um tremendo dejavú. Você sabe, no fundo, sabe que isso já aconteceu, e que vai acontecer de novo. Os arrependimentos voltarão, como se estivessem vivos, fossem sarcásticos e adorassem te ver sofrer, mesmo que apenas mais um pouco, mesmo que só por um pouco mais. Suas lágrimas, desgastadas e matadoras de esperança, caem como navalhas, rasgando sua pele e cortando sua rigidez. Sua máscara cai. Cai porque não há nada mais que possa sustentá-la. Não há risos e sorrisos falsos que esconderão a verdade, não há mais proteção. Àqueles que antes vangloriava, só desejas o entender, que percebam que a culpa não é tua. Sabes, porém, que voltar atrás é possível. Faça os indivíduos ao redor compactuarem com teus desejos, faça-os perceber o quanto és importante para eles. Não desista. Erga-se perante o fracasso, mostre-se superior e o detone sem dó ou piedade aparente, mas sem esmagar a humildade em seu coração. Lute, lute contra a ignorância e a vergonha, destrua a desonra. Está na hora de tentar algo novo, algo que faça com que teu sorriso, estampado num rosto belo, não mais seja falso, mas sincero de coração.

Sonho... uma palavra tão curta, e tão distante. Cinco letras que te fazem continuar, não lhe dão a opção de desistir. Cinco letras que formam uma palavras, um objetivo pelo qual vale à pena viver. Cinco letras que formam uma palavras que define qualquer um muito bem. Palavra essa que faz com que qualquer um cometa loucuras e coisas sem pensar. Objetivo essa que com certeza será difícil de alcançar. Será cheio de obstáculos. Obstáculos esses que podem vir a machucar, mas todo o machucado sara. Alguns facilmente se fecham, outros podem deixar cicatrizes, mas nenhuma dor que eles possam trazer dura para sempre. Cicatrizes essas que podem ser profundas, ou soaves. Mas nenhum obstáculo, nenhum machucado e cicatriz alguma vão lhe impedir de correr atrás dessa palavra que à primeira vista pode parecer simples, mas é mais complexa e mais realizante do que qualquer outra coisa que se possa imaginar: sonho.

Há cerca de 15 anos, em um belo dia de verão, os deuses gregos e os titãs fizeram um pacto, que levaria à salvação ou à extinção em massa da vida na Terra. Por apenas um dia, o rancor foi esquecido e todos agiram como se estivessem em paz. Mesmo Cronos foi resgatado do Tártaro, durante um dia, jurando pelo rio Estige que não faria mal algum aos deuses. Assim feito, os mais poderosos deuses e titãs se reuniram: Gaia, Urano, Cronos, Oceano, Atlas, Tártaro, Zeus, Poseidon, Hades, Atena, Afrodite, Ártemis, Apolo, Deméter, Ares, Hefesto, Dioniso, Hera, Hermes, Hélio, e Selena. Estavam todos reunidos em torno de uma mesa de mármore esculpido e bronze celestial, e apreciavam néctar dos deuses e vinhos raros, cortesia de Dioniso. O lugar era calmo, como se nenhuma guerra entre eles jamais tivesse acontecido. Zeus levantou-se calmamente e bateu com a colher algumas vezes em sua taça para chamar a atenção.
- Belo dia, não é mesmo, caros convidados e moradores do Olimpo? Bom, como todos sabemos, nos reunimos aqui hoje para uma causa muito especial: a salvação do mundo. Todos os poderosos seres aqui convocados e o que representam, cada um tem um papel fundamental no que virá a seguir. Como discutido anteriormente, os monstros e os humanos estão liquidando a Terra aos poucos, e por isso a titã Gaia está enfraquecida, correto?
- Corretíssimo. - manifestou-se Gaia.
- Pois bem. Minha proposta é a seguinte: nós, deuses e titãs, já estamos terrivelmente velhos, apesar da imortalidade, e a idade vem consequentemente afetando os nossos poderes, todos concordam? - todos assentiram. - Muito bem. Minha proposta é muito simples. Proponho a cada um dos aqui presentes que se façam assinar um acordo. Ao assinar este dito acordo, você estará copiando a essência de seus poderes.
- E no que isso vai dar? - perguntou Oceano.
- Se cada um de nós dermos parte de nossas energias e depositá-las na barriga de uma mortal, então um semideus perfeito virá a nascer. Ou, corrigindo, serão três. Trigêmeos. Claro que, por possuírem um pouco de cada um de nós dentro de si, serão inevitavelmente os seres mais poderosos do planeta, mais fortes do que nós.
- Espere um pouco! Você quer dar nossos poderes à alguém que é meio mortal? Zeus, sinto muito em lhe informar, mas a idade lhe afetou o cérebro. - disse Cronos.
- Veja bem, pai. Tudo isso é uma boa ideia. A Terra precisa de segurança, e nós não podemos interferir diretamente com certos assuntos. Caso esses semideuses sejam gerados, poderemos interferir nas guerras, assaltos e punir malfeitores através deles. Eles serão, literalmente, heróis.
Cronos fez silêncio por alguns minutos, então, manifestou-se novamente.
- Tudo bem, desde que isso te faça calar a boca.
- Pois muito bem. Todos os outros concordam?
Todos assentiram.
- Então, que seja feito. Eu, Zeus, o deus dos céus, dos ventos, dos raios, o rei do olimpo, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Zeus disse isso, uma estranha luz branca pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Poseidon, deus das águas, dos terremotos, cavalos, rei dos mares, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Poseidon disse isso, uma estranha luz azul pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Hades, deus do submundo, dos mortos, das trevas e da dor cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Hades disse isso, uma estranha luz preta pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Atena, deusa da inteligência, sabedoria, guerra e estratégia em batalha, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Atena disse isso, uma estranha luz vermelha pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Apolo, deus da música, do sol, da medicina, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Apolo disse isso, uma estranha luz amarela pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Ártemis, deusa da caça, da lua, das mulheres, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Ártemis disse isso, uma estranha luz roxa pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Afrodite, deusa da beleza, do amor, dos finais felizes, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Afrodite disse isso, uma estranha luz rosa pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Ares, deus da guerra, do ódio, do rancor, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Ares disse isso, uma estranha luz bordô pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Hermes, deus dos ladrões, deus mensageiro e da magia, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Hermes disse isso, uma estranha luz verde pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Hera, deusa da família, da união, da felicidade, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Hera disse isso, uma estranha luz violeta pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Dioniso, deus dos vinhos, das artes, das parreiras, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Dioniso disse isso, uma estranha luz cor vinho pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Deméter, deusa da colheita, da terra cultivada, das estações do ano, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Deméter disse isso, uma estranha luz marrom pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Hefesto, deus dos ferreiros, da tecnologia, do fogo e dos vulcões, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Hefesto disse isso, uma estranha luz laranja pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Hélio, deus do sol, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Hélio disse isso, uma estranha luz dourada pairou sobre o ar, e lá ficou.
- Eu, Selena, deusa da lua, cedo parte de meu poder para três jovens semideuses.
Quando Selena disse isso, uma estranha luz prata pairou sobre o ar, e lá ficou.
Com isso, todos os deuses já haviam se anunciado. Agora era a vez dos titãs, e todos eles se anunciaram simultaneamente.
- Nós, os titãs, cedemos parte de nosso poder para três jovens semideuses.
Uma forte luz brilhou se ficou pairando no ar, inquieta. Zeus continuou:
- Pois então, que assim seja. Que se juntem as essências de todos!
Assim, todas as luzes que pairavam no ar começaram a se juntar, e formaram três esferas extremamente brilhantes de poder misturado, ambas tão belas e puras que cegariam ou até matariam qualquer mortal que as visse. Assim, Zeus ordenou às esferas que fossem à procura de uma mortal, que seria a hospedeira e mãe, e elas a encontraram. A mortal sentiu um forte choque percorrendo seu corpo, e, de repente, estava grávida de trigêmeos.
- Feito! - continuou Zeus. Os poderes desse semideuses serão os seguintes:
 - Imortalidade congênita, ou seja, eles jamais morrerão, tanto por idade quanto por danos físicos. Por ser congênita, é adquirida durante o período de gestação. Assim, eles já nascem imortais.
- Superforça: poderão levantar muitas toneladas, dar pulos inimagináveis.
- Telecinésia: o poder de controlar objetos à distância com a mente.
- Intangibilidade: o poder de atravessar paredes, pessoas e objetos em geral.
- Clarividência e Clariscidência: terão visões do futuro e do passado.
- Controle absoluto sobre os elementos primordiais e secundários: terra, ar, água, fogo, raio, universo, divino, vida, morte, união.
- Telepatia: o poder de ler mentes, entender qualquer língua, dialogar através da mente, criar ilusões, torturar mentalmente.
- Supervelocidade: poderão atingir velocidades infinitas.
- Controle sobre o tempo: poderão enxergar em câmera lenta, parar o tempo, avançar ou voltar nele.
- Cura e Autocura: poderão curar qualquer pessoa, inclusive a si mesmos.
- Autolevitação: poderão flutuar e voar livremente sem o auxílio de asas.
- Visão aprimorada: poderão ver detalhes microscópicos, enxergar a quilômetros de distância, ver coisas invisíveis, laser e deterioração celular de outros seres.
- Controle das forças da natureza: alterar o ritmo do crescimento de árvores e outros vegetais e seres vivos, causar terremotos, tsunamis, erupções, furacões...
- Controle sobre peso e massa: Poderão ficar gigantes, microscópicos, gordos demais ou finos como um palito.
- Controle sobre a forma: poderão realizar mutações de forma, alterando a aparência, voz, gostos...
- Impermeabilidade facultativa: só serão molhados quando quiserem.
- Hipersensibilidade: poderão sentir um outro ser que se aproxima a quilômetros de distância.
- Mira perfeita: terão a mira perfeita para qualquer coisa, em qualquer ocasião.
- Grito ultra-sônico: poderão soltar gritos até mesmo mortais.
- Degeneração celular: serão capazes de degenerar brutalmente qualquer ser com apenas um olhar.
- Controle absoluto sobre o submundo e os mortos, ou seja, serão capazes de, inclusive, convocar entidades mortas para lhes ajudar na batalha.
- Ressurreição ou morte instantânea: ao se concentrarem em um alvo, serão capazes de ressuscitá-lo, ou matá-lo, dependendo do que tiverem em mente.
- Dom artístico espontâneo: já nascerão com todos os dons artísticos que pode-se imaginar.
- Regeneração: não uma simples cura, uma regeneração total.
- Agilidade: saberão manobras incríveis, e serão muito bons com espadas, em desviar e com outras armas de punho.
- Supertinteligência: serão os seres mais inteligentes, sábios e estratégicos do planeta.
- Magia: Serão bruxos, feiticeiros, fadas... tudo o que imaginarem. Poderão conjurar feitiços, enxergar e controlar criaturas míticas.
- Hipnose: o poder de persuadir os outros a fazer o que eles querem. Esse eu devo dizer que foi herdado de Afrodite.
- Bom, essas serão suas habilidades. Agora só falta decidir os nomes dos bebês... alguém tem alguma ideia?
Por alguns segundos, tudo ficou calado, até que Poseidon sugeriu:
- Serão dois garotos e uma garota.
- Isso! - concordou Afrodite - um dos garotos será conhecido por Darui.
- E a garota... Será conhecida por Keinan. - sugeriu Atena.
- E o outro garoto... Alguma sugestão de nome? - disse Zeus.
- Eu tenho uma! - gritou Poseidon. O outro garoto será conhecido por Reitan.

Dori me
Interimo adapare
Dori me
Ameno ameno
Lantire Lantiremo
Dori me
Ameno
Omenare imperavi
Ameno
Dimere dimere
Mantiro Mantiremo
Ameno
Omenare imperavi emulari
Ameno
Omenare imperavi emulari
Ameno
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me am
Ameno
Omenare imperavi
Ameno
Dimere dimere
Mantiro Mantiremo
Ameno
Omenare imperavi emulari
Ameno
Omenare imperavi emulari
Ameno
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me
Ameno
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me am
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me am

In noreni per ipe,
in noreni cora;
tira mine per ito,
ne domina.
In noreni per ipe,
in noreni cora;
tira mine per ito,
ne domina.
In noreni per ipe,
in noreni cora;
tira mine per ito,
ne domina.
In romine tirmeno,
ne romine to fa,
imaginas per meno per imentira

Bom seria olhar para trás e não me arrepender de absolutamente nada. Chorar por motivos menos levianos. Buscar, antes de tudo, a felicidade nas mais simples coisas da vida. Viver se nenhuma mágoa, nenhum remorso. Viver, tendo a certeza de que alguém sentirá sua faltar quando chegar a sua hora de partir. Chorar sem sofrer. Transformar o querer em poder. Acreditar que tudo de bom que se ouve é verdade, e bom mesmo seria se tudo realmente fosse. Ter a pessoa amada ao lado, 24 horas por dia. Poder tocá-la quando bem entendesse, quando bem quisesse. Bom seria se esse mundo fosse normal, se não fosse tão caótico. Isso tudo seria bom, mas perfeito seria ter você aqui, agora e sempre, sendo só minha, me iluminando com teus olhos e teu sorriso. Perfeito seria se esse sempre jamais cessasse.

Me aproximei, agachado e sorrateiro, torcendo silenciosamente para não ser visto. Keinan agachou-se ao meu lado, e sussurrou no meu ouvido algo como "avisei que era melhor termos ficado à salvo". Acho que era isso, mas eu não entendi muito bem. O forte barulho de máquinas trabalhando e o ranger de metais me enlouquecia. Voltei-me minunciosamente para o lado e fitei Keinan. Ela usava um moletom preto grande demais para seu corpo, com bolsos largos e um jeans apertado, abatido e furado. Não estaria mal vestida, desde que fosse ao velório de um mendigo dos becos do Brooklyn. Mas o que realmente chamara minha atenção foi o que ela estava tentando fazer. Keinan concentrava-se. Com a mão esquerda, empunhava sua espada, e com a direita, fazia um estranho gesto frente ao olho esquerdo. Eu já ouvira falar sobre os estranhos e perigosos poderes de minha irmã, e sinceramente não queria ficar lá para descobrir se os boatos eram verdadeiros.
De repente, Keinan começou a murmurar algo em Grego Antigo, e uma enorme muralha ergue-se além do horizonte, fazendo um barulho estrondoso. Todos os monstros que trabalhavam abaixo correram em direção à muralha, inclusive a Quimera. Voltei-me novamente para Keinan, impressionado. Ela virou-se para mim e disse:
- Nada demais. Só algumas técnicas de distração.
E que técnicas de distração! Keinan era impressionante!
- E então? - disse ela. - Vai ficar aí com essa cara de taxo o dia todo ou vai vir junto?
Quando dei por mim, ela já estava uns dez passos adiante.
- Ahn... Vou junto, sem dúvidas. - murmurei, parecendo um tanto quanto imbecil, eu acho.
À medida em que nos aproximávamos, o barulho das caldeiras tornava-se mais intenso. Olhei em volta, e constatei tudo aquilo que imaginara: soldas, máquinas, retalhos de metal, cabos de espada, e outras centenas de coisas que eu jamais tinha visto. Entre elas, estava uma escultura de uma linda mulher sendo talhada.
- É Atena. - disse Keinan. - A deusa da sabedoria deve oferecer-lhes inteligência em troca de homenagens.
Empalideci. Eu adorava Atena, e era seguro dizer isso porque eu já a conhecera pessoalmente. Não podia acreditar que ela estivesse ajudando a eles em troca de algo tão simples quanto uma estátua, ou escultura, seja lá o que for. Atena é sábia. Ela jamais permitiria que o mundo fosse destruído em troca de uma (ou algumas) escultura. Ela devia estar tramando algo, mas eu nem fazia ideia do que era.
De repente, Keinan pousou sua mão esquerda sobre meu ombro.
- CLAP! CLAP! CLAP! - aplaudia Alceu (o que, por sinal, significa "Homem Forte e Poderoso", o que não podia ser boa coisa). - Os pestinhas realmente acharam que poderiam invadir forjas inimigas sem serem notados?
Alceu estalou os dedos. Em alguns instantes, todos os monstros que haviam fugido para verificar a muralha estavam de volta, inclusive a Quimera. Alceu deu um breve sorriso sarcástico, e fez um "tsc, tsc, tsc" com a boca. Seus olhos brilhavam de emoção por ter nos encontrado. Eu podia sentir a maldade correndo em suas veias. Ele voltou-se para mim, e logo após para Keinan. Nós dois permanecíamos imóveis, até que ele quebrou o silêncio.
- Dessa vez vocês não me escapam, malditos semideuses!

Você me ensinou a amar. Você me ensinou a querer. Você me ensinou a sorrir. Você me ensinou a viver. Isso porque muitas pessoas apenas existem, e poucas desfrutam do "viver". Você simplesmente me proporciona essa inacreditável sensação. Você me ensinou, antes de tudo, a confiar em mim mesmo e acreditar que tudo é possível. Você me ensinou o que é a perfeição. Você me ensinou, entre outras coisas, as mais simples e belas sensações da vida, os mais complexos sentimentos. Você me provou que a palavra "amor" é pequena demais para um sentimento tão grande. E essa minha incontrolável overdose de amor e sonhos só tem uma explicação: você. Você me fez quem sou. Você me tornou alguém melhor. Você me afastou de tudo aquilo que é errado. Seu sorriso me salvou. E tudo isso, porquê? Ora, porque eu amo você, infinitas vezes mais do que você imagina.

Às vezes, me pergunto se todos os meus sonhos se tornarão realidade. Meus sonhos são todos tão... distantes. Tão grandes. Tão perfeitos. Mas, quando duvido de mim mesmo, me lembro que se eu acreditar, se eu buscar tudo o que quero, correndo atrás incansavelmente e indestrutivelmente pelos meus desejos, algum dia, terei de alcançá-los. É quase como um instinto, apesar de eu achar que realmente seja um. O instinto humano de ser feliz. Por isso, minha vida é uma caminhada imprevisível. Eu caio, me quebro, me sujo, me machuco, me corto, sangro. Mas, apesar de tudo, nunca me canso, e sempre ganho novas forças para continuar em frente, muitas dessas forças eu, sinceramente, nem sei de onde vêm. Só sei que tomam conta de mim, e o então fraco, torna-se forte. Destroem todo e qualquer pensamento repugnante em minha cabeça, exterminam tristezas e fraquezas, estraçalham barreiras. Uma imensurável e incompreensível força fluindo por entre as veias, que me encoraja a continuar sem tombar por um longo tempo. A força que me ergue quando estou caído. A força do Olimpo, dos deuses, que me consome e me torna imortal em meu caminho. Uma força chamada amor. Amor pela vida. Amor pela família. Amor pelo fracasso. Amor pela derrota. Amor pela humildade. Amor pela coragem. Amor pela vergonha. Amor pela dignidade. Amor pela honra. Amor pela razão. Amor pelo mito. Amor pelos inimigos. Amor pelos amigos. Amor pelos sonhos. Amor pela pessoa amada. Amor pelos deuses. Amor pelo Olimpo. Esse amor que me consome como uma chama mais quente que o próprio Tártaro, não me torna imortal fisicamente, mas sim moralmente. Me dá forças para amar mesmo minhas perdas (fracasso, derrota, vergonha, inimigos...), pois todas essas perdas serão aquelas que farão as vitórias terem valido à pena. Que graça teria a vida, se fosse feita só de vitórias? As vitórias seriam tão... comuns. É por isso que, no fundo, todas as perdas são ganhas, porque são elas que nos dão a coragem de seguir adiante, só que dessa vez, sem tropeçar.

Ergui-me perante o esplendor de seus lábios. Andei até ti, e torci discreta e impulsivamente por uma única e rápida olhada, com seus resplandescentes olhos verdes, com um toque de mel próximo à pupila. Parecia calmo, porém dentro desfazia-me perante sua beleza. O que mais me encantava, porém, era saber que sua beleza externa prevalecia internamente. Logo, pois, quando tentava conter meus desejos, teus olhos me fitaram. Por um breve e único momento, degradei minha imagem ao ponto de um sorriso fajuto. Tentava escondê-lo, mas a emoção era inexplicavelmente mais forte do que eu pude imaginar. Imperceptivelmente, larguei um singelo suspiro, suficientemente verdadeiro para me expressar. Teus olhos, ainda voltados à mim, criaram uma expectativa inexplicável de esperança, algo me dizia que aquela paixão poderia vir a ser correspondida. Por sorte, sinto que não me iludiria. Realmente, não fazia idéia que um sentimento poderia arder tão compulsivamente, ao ponto de me fazer chorar pelo simples fato de tê-la ao meu lado durante incomparáveis quinze minutos, os quinze melhores de meu dia. Contudo, percebi instantaneamente que nada mais em minha vida valeria à pena, se você não estivesse ao meu lado, porque eu te amo.

Como eu queria que esse mundo fosse normal. Como eu queria consertar minha mente. Como eu queria não sentir medo, não mais. Como eu queria segurar suas mãos em meu coração. Como eu queria beijá-la. Como eu queria que você estivesse aqui agora mesmo. Como eu queria não viver apenas por você. Como eu queria que você não fosse tão perfeita. Como eu queria que você fosse minha por toda a eternidade. Como eu queria que você vivesse comigo o resto de sua vida. Então, me diga o que você acha a esse respeito: deveríamos experimentar um beijo?

How I wanted this world to be normal. How I wanted to have my mind fixed. How I wanted to don't be afraid, not anymore. How I wanted to hold your hands on my heart. How I wanted to kiss you. How I wanted you to be here right now. How I wanted to don't live only because of you. How I wanted you to don't be so perfect. How I wanted you to be mine for all the eternity. How I wanted you to live with me the rest of your life. So, tell me what you think about it: should we try on a kiss?

Segurar tuas mãos, geladas como sempre. Tocar teu rosto, lindo, perfeito. Sentir teu cabelo, a perfeita definição de deslumbre. Contemplar teu sorriso, magnífico. Encantar-me com teus olhos, únicos. Aclamar tua voz, suave. Sentir tuas emoções, faz minha incontrolável paixão cada vez mais ardente. Adorar teu modo, meigo, tímido. Resplandecer-me com teu abraço, inexplicável. Tornar-me ofegante com teu beijo de despedida, inimaginável. A mistura de tudo? Simplesmente incompreensível. Só você mesmo é capaz de me fazer sentir o que eu sinto. Te amo.

E hoje eu amo mais uma guria lá... Nem lembro o nome dela, só sei que quando eu vejo ela tudo à minha volta parece desabar, e nada mais existe. Eu tento, tento e tento falar, mas as palavras não saem, e não enxergo, porque a beleza dela me ofusca os olhos. Tento raciocinar, mas não consigo, porque tudo o que vem na minha cabeça é ela. Tento me distrair com outras coisas, pra ver se consigo pensar em algo pra falar, mas não adianta, ele rouba toda minha atenção. Tento dizer pra ela o que sinto, mas simplesmente não tenho palavras suficientes. Tento demonstrar meu amor pra ela, mas a timidez me consome em frente à perfeição. Tento vê-la com olhos apaixonados, mas mesmo a paixão é pequena para o que sinto. O problema é que não lembro o nome dela... Conhece?

Hello everyone. Well, if I'd tell you guys I never thought how life's hard, I'd be lying. Unlike many people say, the time is my greatest ally. Only the time is able to erase deep scars. Only the time is able to heal the heart. Only the time is able to drive away my fears. Somedays ago, I finally realized how life's important to me. Life's beautiful. Love's beautiful. Many people may disagree with me, and I won't judge them or impose my views on theirs.
Once that I'm significantly away to be perfect, my only reason to go on this path, also called and currently known as life, is the love. Last month, I finally discovered what love means. It's bigger than I thought it was. People need to discover love, 'cause it makes the life worthwhile.
Well, this was just a little reminder, to the people who try to make their lives become a hell. Your life only is a hell if you let it happen. Leave all your fucking thoughts and live in mental peace. Maybe you'll know someone or somewhere better. Then you'll see how love makes life worthwhile. Kisses, and reflect about it.

Coloquei-me em meu canto, derramando todo o meu pranto, antes duramente guardado. Procurei por um refúgio, mas parecia que ninguém mais poderia me consolar. Dirigi-me ao meu dormitório, e coloquei-me a derramar minhas dores novamente. Pensei em cometer besteiras. Pensei em me castigar por todas as minhas idiotices. Meu desânimo estava sucumbindo com meu ser. Mas, por um breve e necessário momento, lembrei-me de todos aqueles à quem sou importante. Lembrei-me especialmente de uma pessoa, que me impediu de ir além com todo aquele ritual fúnebre. Lembrei-me de tudo o que a fazia completa, e contemplei sua excelência, a grandiosidade de seu ser. Relutante, consegui sair de toda aquela situação, e o seu sorriso, largo, expressivo e sincero, devolveu meu ser à integridade. Após isso, apenas recordo-me de ter me sentido incrédulo, pelo o que acabara de pensar em fazer, e percebi que o simples gesto de um sorriso me salvou completa e absolutamente. Mas isso me serviu perfeitamente  para me lembrar de que apenas vivo por aquela pessoa, e que nada nem ninguém mudará isso, jamais.

Kamimi

Então, ele adentrou no recinto. Sorriso sarcástico estampado no rosto, ar pejorativo pronto para humilhar quaquer que seja que cruzasse seu caminho. Ele virou para trás, e me viu ao fundo, inquieto. Por um instante, tive a estranha impressão de que ele planejava algo, então apenas abaixei a cabeça e o ignorei. Quando percebi, ele já havia voltado a andar, olhando direamente para a frente. Torci silenciosamente para que eu estivesse errado. Eu sabia que, no fundo, ele me odiava, e se estivesse planejando alguma coisa, qualquer que fosse ela, eu sabia que não era coisa boa. Procurei esquecer tudo aquilo e ficar bem, mas era difícil, sabendo que, provavelmente, minha vida corria perigo. Isso porque Héracles era muito imprevisível. Depois que Zeus teve a magnífica idéia de ressuscitá-lo, eu sabia que o garoto viria arranjar confusão. Ele sempre foi assim. Mas como sempre há um porém, a única semideusa mais forte fisicamente do que Héracles, também conhecido por Hércules, era Keinan, minha irmã. Apenas ela possuía a força infinita. Nem mesmo Héracles encorajava-se a enfrentá-la. Mas, mesmo assim, caso Héracles viesse me enfrentar, minha única saída seria dispor da telecinese, o que na pior das hipóteses mataria Héracles (de novo), e eu não estava nem um pouco a fim de me estressar com Zeus, já que se isso acontecesse, sem dúvida alguma ele me enviaria para as profundezas do Tártaro. Bom, de qualquer forma, eu estava em um dilema. A inveja de Héracles seria capaz de fazer qualquer coisa. enquanto a impiedade de Zeus faria o mesmo. Só me restava esperar e descobrir quem daria o primeiro passo, e quem tentaria fazer eu sucumbir.

Teus olhos, teu sorriso, teus cabelos, teus lábios, tua essência, teu cheiro, teu modo de agir, tua mente, tua inteligência, teu abraço, teu simples e ao mesmo tempo complexo modo de ser, tua timidez, tua mãos geladas, tua voz, teu beijo... Tudo em ti é perfeito, e eu faço questão absoluta de dizer que amo você. Amor platônico e indiscreto esse meu, paixão ardente que mantém a chama da minha vida acesa. Tu és o meu motivo para viver, e o meu motivo para sonhar, para amar, para sofrer, para chorar, para rir, para acreditar que tudo dará certo. Meu motivo para errar, tropeçar, cair, me espatifar, porém ter a força de levantar e recomeçar tudo novamente, aprendendo com o erros que cometi, e tudo porque tu és quem me inspira. Tu és meu único motivo para viver minha imprevisível vida. Tu és meu único motivo para ser positivo, e pensar que tudo terminará bem. Resumindo tudo de uma forma puramente sensata, tu és o meu maior motivo para existir.

Derramei meu vinho e libertei meu pranto. Minha dor me envolvia como um manto. Chorei incontáveis lágrimas de uma dolorosa tristeza, enquanto medíocres sorrisos sádicos dirigiam-se a mim. Torci impulsivamente para que meus olhos não se tornassem rubros, e para que meu sorriso não se tornasse escasso. Atormentei minha mente com pensamentos de incontrolável depressão. Meu corpo, aparentemente normal, rugia por dentro, de tal forma que espantaria mesmo o mais experiente dos hipócritas. Senti fortes mãos apalpando por dentro o meu coração. Quis gritar, porém recordei que ninguém poderia me ouvir. Tudo o que me restou foi chorar, e colocar toda aquela repugnante lamentação para fora, enquanto os sádicos se prontificavam a rir em meio à multidão.

Kamimi - O Choro dos Imortais

Um breve vento sopra, levando consigo intermináveis gritos calados e silenciosos. Aqueles gritos que tentam, tentam e continuam tentando sair, mas acabam ficando presos em meio a tanto desespero. Os olhos de todos, primeiramente tomados por uma forte sensação de bravor, batalha e vitória, tornam-se incontestáveis olhos de uma depressão visível. Lágrimas escorrem sobre os rostos, antes orgulhosos da vitória, e agora tristes pelo o que se foi. Todos lamentam o que acabara de acontecer. O mundo para. As lágrimas escorrem. Os sonhos destroem. As ondas, o mar, silenciam-se. O vento não sopra mais, e não arrepia os cabelos daqueles que o sentiam anteriormente. Os cães não latem mais, e todos são tomados por dores banais. Sob a luz da estrelas, uma breve e extremamente brilhosa estrela-cadente anuncia o choro dos imortais.
Helen, filha de Hades, morrera por seus companheiros, demonstrando toda a sua bravura, coragem e determinação. Seus olhos, ainda abertos, pareciam estar felizes. Carregava consigo o perfume das flores de um belo amanhecer. Sua boca permanecia sorrindo, mas seu corpo inerte, agora caído sobre o chão, contestava o fato de que ela se fora. Jeffrey, seu irmão, caminhou até ela e colocou a mão sobre seu rosto, e fechou seus olhos, enquanto uma dolorosa gota de lágrima escorria sobre seu rosto e caía sobre o rosto de Helen. Ele não se aguentou, ajoelhou-se perante a ela e chorou intensamente, de tal forma que parecia que seu choro banal jamais acabaria. Todos lamentavam, e tentavam disfarçar as lágrimas que escorriam sobre o rosto.
Perséfone, comprometida pela dor de Jeffrey, colocou sua mão sobre o coração de Helen, e fez uma prece para que Zeus a eternizasse. Zeus atendeu, e o céu brilhou intensamente. Do coração de Helen, saíram luzes da aurora, e voaram até o céu, formando a imagem de uma constelação. As estrelas formaram a imagem de uma garota com lindas asas de Fênix, que dava a impressão que jamais se apagariam. Assim, Jeffey abraçou Perséfone, que deu a ele uma flor tocada pelos pés da Fênix, e que mesmo que morresse, sempre reviveria. Perséfone abraçou-lhe fortemente, dizendo:
- Que esta chama, agora flor, seja como Helen em seu coração. Que nunca, por nada nesse e nos outros universos, se apague. Você para sempre se lembrará dela, e pode ter certeza de que para sempre ela se lembrará de você, eternizada na constelação de Fênix.

Kamimi - O Choro dos Imortais

Lá estávamos nós: eu, Aileen, Justin, Thalia, Perseu, Hirieu, Carl, Jeffrey, Helen, Rachel e Linda. A única deusa alí presente era Perséfone, a deusa da Primavera. O que nós estávamos fazendo? Caçando o Cérbero, ou Cerberus, o cão tricéfalo que guarda as portas do Hades.
Já imaginou o que é caçar o Cerberus? Se não, então faça um esforço, e imagine um cão gigante e negro, tipo assim, 'enooorme', que tenha três cabeças, todas elas envolvidas por inúmeras cobras que cospem fogo, e algumas cobras do mesmo gênero espalhadas pelo tórax. Agora, imagine que suas patas possuem o tamanho de um carro popular, e que uma patada dele é suficiente para te levar à morte. Imagine também que é impossível fugir dele, pois ele é tão grande, que cada passo dele corresponde a vários seus, isso fora o perigo de ser pisoteado durante a fuga. Bem, esse é o Cerberus, ou Cérbero, que vem do grego antigo Kroboros, que significa comedor de carne. Literalmente. Estávamos à procura de ninguém menos que o centinela do Inferno. Ele guardava (antes de fugir), o Hades e o Tártaro. O problema é que, se ele ficasse fora por muito tempo, as almas condenadas e os titãs poderiam escapar de seus castigos e tormenta eternos. Portanto, tínhamos de ser cuidadosos para não morrer, nem matar o Cérbero, pois, apesar de ele ser imortal, eu, Aileen e Justin possuímos a habilidade de matar seres imortais não-deuses, o que não poderia acontecer.
Até o momento estava tudo bem, até que ouvimos um rosnado. Os corredores da morte eram iluminados por tochas de fogo mágico (fogo que que jamais apaga), e qualquer sombra feita se projetava nitidamente naquele lugar. O rosnado soou e ecoou novamente. Todos ficaram perplexos, mas ninguém teve coragem de olhar para trás e testemunhar a nossa situação. Bem, não foi preciso. Todos, quase que simultaneamente, olharam para o chão, enquanto uma enorme sombra tricéfala se erguia em nossa frente. Todos engoliram em seco. Ainda com medo, resolvi criar coragem e me certificar daquilo que havíamos visto. O que posso dizer é que eu estava certo. Mesmo com a descrição do Cerberus, você não imagina o quanto aquele 'negócio' é grande (e horrível)! Minha primeira reação foi falar, em um tom apavorado, mas relativamente baixo:
- Corram! Agora!
Todos começaram a correr, mas, como disse, o Cérbero era mais rápido. Perséfone gritou:
- Separem-se!
Ela não precisou falar duas vezes. Todos se separaram, indo cada um para um lado da caverna. Nós não tínhamos medo de nos perder porque, se Perséfone assim desejasse, podíamos nos reagrupar instantaneamente.  Os filhos de Zeus (Perseu, Thalia e Justin) foram pela esquerda. Os filhos de Hades (Jeffrey, Helen e Aileen) foram pela direita. As filhas de Atena (Rachel), de Afrodite (Linda) e Perséfone foram pelo centro, enquanto os filhos de Poseidon (eu, Hirieu e Carl), corremos para o corredor à extrema esquerda. O Cérbero ficou confuso por alguns instantes, mas alguns segundos depois, ele veio atrás de... adivinha quem? De mim, é lógico! Sou sempre eu! Mas que raiva!
Eu e meus irmãos corríamos feito loucos. Não havia água aí para podermos usar, e mesmo que possuíssemos o poder de criar água, criá-la em corredores repletos de fogo mágico não era uma boa idéia. Talvez funcionasse, mas era arriscado demais gastarmos energia à toa. Nossa única opção era correr, correr e correr. O Cérbero nos alcançou, e quando ía dar a patada do juízo final, uma luz forte, cor-de-rosa e com perfume de flores nos envolveu. Quando me dei por conta, estávamos todos regrupados novamente. Quando digo todos, digo todos mesmo. Perséfone havia nos salvado, e reagrupado o resto dos semideuses. Não tive nem tempo de agradecê-la, isso porque um rosnado ensurdecedor ecoou por todos os corredores. Perséfone disse, vizivelmente apavorada:
- Não temos mais escolhas ou outras opções. Teremos que lutar.
Por um momento, senti um breve, porém intenso arrepio, e percebi que todos sentiram o mesmo, inclusive a deusa alí presente. Acho que as palavras dela soaram um tanto quanto 'grotescas'. Isso porque lutar contra um cão gigante que pode te carbonizar, é a pior opção de hobbie que alguém pode ter.
Enfim, ele chegou. Lá estava aquele (estúpido) cão de guarda de novo! Ah, que raiva! Eu realmente não cheguei a pensar que algum dia eu consideraria a hipótese de esganar um cachorro. Bem, para ele eu abriria uma exceção.
A batalha começou. Cerberus soltou um forte e ensurdecedor latido, que ecoou por todo o local, e após latir, começou a descontroladamente jogar fogo em nós. Suas cobras (malditas cobras, diga-se de passagem), abriam suas repugnantes bocas e soltavam um fogo quentíssimo e de cor azulada. Parecia quase como um gás de butijão. Perséfone nos alertou que o fogo das cobras de Cérbero é indefensável e inextinguível, a não ser por água mágica. O fogo de Cerberus veio ao nosso encontro. Tudo o que pudemos fazer foi fugir, correndo e tendo muito cuidado para não sermos pisoteados ou carbonizados. Thalia não correu. Ela nos pediu para dar a ela cobertura, para que pudesse se concentrar em lançar seus feitiços. Então, ela se escondeu em um canto, enquanto lutávamos para nos manter vivos. Keinan (Aileen) cansou-se de fugir e lançou um ataque:
- Ekdíkisi Ouránia! - Vingança Celestial!
Um forte vento começou a soprar, varrendo tudo o que estava no caminho de Keinan. O vento, cortante, chegou ao Cérbero e cortou algumas das cabeças de suas cobras, apesar de não ter feito muito estrago com o Cérbero em si, abrindo apenas alguns pequenos cortes.
O Cérbero imediatamente repudiou a ação de Keinan, e lançou seu fogo azulado sobre ela. Eu jurava que ela iria morrer. Mas então, uma enorme muralha de água ergueu-se, e Hirieu gritou:
- Mizu no kamikabe! - Parede de Água Divina!
Assim, o fogo de Cérberus foi defendido, e Aileen agradeceu Hirieu por ter salvo sua vida. Então, Hirieu tornou a voltar-se para o Cérbero, e gritou:
- Tsunami ton Théon! - Tsunami dos Deuses!
A enorme quantidade de égua dirigiu-se imediatamente ao Cérbero. Eu poderia jurar que aquilo iria matá-lo. Eu não sabia se além de mim, Keinan e Justin, alguém mais poderia possuir o poder de matar criaturas míticas.
Logo quando Cerberus iria ser atingido pela enorme onda de água, uma gigante parede de pedra ergue-se ao seu redor e lhe defendeu, bem nos últimos instantes antes do impacto. Hirieu ficou preplexo, mas logo descobriu que fora obra minha. Então, me senti livre para nomear o golpe:
- Ámynas tou Olympou! - Defesa do Monte Olimpo!
Hirieu me encarou, com olhar desaprovador:
- Mas afinal, de que lado você está?!
Não tive tempo de explicá-lo, mas acho que ele entendeu, ou ao menos se lembrou de que não poderiamos matar o Cérbero. Helen, então, pronunciou-se:
- Hinochi, por que você fez aquilo?
E eu a respondi:
- Como assim porquê? Achei que você soubesse...
E Helen respondeu:
- Mas é claro que eu sei que Cérberus deve permanecer vivo, mas aquele ataque de água não iria matá-lo, iria servir para enfraquecê-lo. Afinal, estamos no Hades, Inferno, Purgatório, como preferir! Resumindo, aqui é o território dele! Ele não morreria em seu próprio território, ainda mais devido a um ataque de água!
Por um momento, refleti e percebi que ela tinha toda a razão. Sabem lá os deuses o que eu estava pensando. Quando eu ia falar, Thalia me interrompeu:
- Estou pronta!
Seus olhos cintilavam de uma forte cor rosada. Suas roupas e armadura haviam tomado a forma de um lindo vestido verde, como aqueles de festas de quinze anos. Um amuleto em forma de safira estava pendurado em seu pescoço, e seus cabelos haviam se tornado ruivos. Um belo par de asas, como de borboletas, erguia-se, gozando de deslumbre e beleza. De tão linda, seu corpo chegava a brilhar. Ela estava em sua forma completa de fada, na qual ela não precisa de varinha de condão. Eu já a havia visto como uma fada, mas nunca como a Rainha das Fadas. Era simplesmente linda. Por um breve instante, seus lindos olhos me encararam. Me senti até um pouco sem jeito, afinal, ela era linda demais.
Então, Thalia aproximou-se da fera, e o encarou fixamente nos olhos. O Cérbero começou a piscar vagarosamente, e em pouco tempo, estava deitado, roncando e dormindo no chão. Thalia cochichou, de forma quase inaudível:
- Vathý ýpno! - Sono profundo!

Kamimi 神ミ - ۩ - 八十五 (Oitenta e Cinco)

Izamani, Izanagi, Zeus e Poseidon convocaram eu, Justin e Aileen para uma reunião de emergência na Nação do Vento. Nós três, então, nos teleportamos até o Brasil e fomos ao Morro do Corcovado, na cidade do Rio de Janeiro. Paramos em sua frente e nos concentramos. Aileen estalou os dedos, e uma densa névoa se espalhou pelo local durante poucos segundos, e depois se dissipou. Após a névoa ter se dissipado, todos os mortais, ou seja, aqueles que não eram titãs, deuses, semideuses ou criaturas mágicas, foram presos ao espaço-tempo. Em outras palavras, Aileen fez com que o tempo parasse para eles, o que era algo extremamente fácil de ser feito.
Assim que estavam todos imóveis, escalamos o Corcovado à uma velocidade absurda, e chegamos ao seu topo em pouco menos de cinco segundos. Lá no alto, nós três repetimos, simultaneamente, enquanto fazíamos o símbolo do elemento vento no ar:
- Véu Mágico, romper!
Imediatamente, um forte vento começou a soprar. As folhas das árvores, antes quase que totalmente imóveis, balançavam frenética e violentamente. O céu, antes brilhante, belo e azul, agora nublava-se, formando apavorantes Cumulus Nimbus, as nuvens de chuva. Então, o Cristo Redentor começou a brilhar fortemente, e de repente todas as nuvens do céu vieram em nossa direção e começaram a nos rodear exaustivamente. Depois de uns cinco ou dez segundos de Magia, tudo cessou, e estávamos na Nação do Vento, exatamente em frente ao Palácio de Zeus.

Logo que entramos no Palácio, os quatro poderosos deuses, também nosso pais, nos esperavam ansiosamente em uma mesa feita de ouro e diamantes, como havia em todas as salas de reunião divinas. Junto a eles, estava o comitê mágico dos semideuses e portergeists, formado por nós três, Thalia, Perseu, Carl e Helen. Zeus foi primeiro a se pronunciar:

- Estamos aqui reunidos, para a divulgação de uma situação alarmante. O Olimpo já foi comunicado à respeito do que ouvirão agora. Poseidon, você apenas não foi comunicado anteriormente devido ao fato de estar muito ocupado resolvendo assuntos pendentes. - Poseidon franziu a testa. - Pois bem. cá estamos. Alguém tem algo a dizer ou a reunião pode ser iniciada? - ninguém se pronunciou. Sabíamos como papai era apressado. - Pois bem. A verdade deve ser dita por alguém, por mais dura que seja. Então, sinto muito em comunicar-lhe a alarmante situação constatada pelos deuses: Gaia está doente, e pode não possuir energia suficiente para sustentar a vida por muito mais tempo. 

- Como assim? Se isso acontecer, todos os não-deuses... - eu disse.

- Morrerão. - complementou meu pai, Poseidon.

- Mas e então, o que podemos fazer para curá-la? - disse Thalia. 

- É aí que está o ponto principal desta reunião. Vocês deverão impedir o fim do mundo, que está próximo. - Disse Zeus.

- Irmão, sugiro que meus filhos Hoshi (eu), Keinan (Aileen), Kouji (Justin) e Carl venham comigo até o fundo do mar. Lá poderemos usufruir de todo os nossos poderes. - disse Poseidon.

Zeus assentiu, e ofertou: 

- Tudo bem. Jeffrey, convoque suas irmãs e vão até seu pai Hades. Digam ao Senhor do Tártaro que, se ele nos ajudar a manter Gaia viva, será libertado de seu sofrimento eterno. 

- O que? Perdão meu soberano tio, mas você acabou de dizer o que eu ouvi? - indagou Jeffrey.

- Sim, eu disse. Digam à Hades que ele será libertado das profundezas do Tártaro caso colabore conosco. - respondeu Zeus.

- Thalia, diga à sua mãe Atena para certificar-se da estratégia! - disse Izanami.

- Claro, minha senhora! - respondeu, educadamente, Thalia.

- Eu e Izanami convocaremos os Shinigamis. - disse Izanagi.

Todos se entreolharam.

- Para os que não sabem, os Shinigamis, no Japão, são os Deuses da Morte. São eles que levam as almas dos mortais, quando estes padecem. Ordenaremos a eles que não levem as almas de ninguém, pois não saberemos quantas almas restarão neste planeta se Gaia não puder sustentar a vida. - explicou Izanami.

- Espere um pouco! Isso quer dizer que... - eu disse.

- Sim. Enquanto esta crise não passar, nenhum mortal morrerá neste planeta. - completou Izanagi.

- Então, a reunião encerra-se aqui. Vão todos imediatamente fazer seus respectivos deveres!

- Sim, senhor! - todos, com exceção de Poseidon, gritaram.

Jeffrey sumiu em chamas. Thalia começou a ficar por um brilho rosa e desapareceu. Então, eu, Aileen, Justin e Carl, juntos com nosso pai, Poseidon, sumimos em uma onda que desapareceu e fomos para o fundo do mar. Nosso objetivo? Impedir o fim do mundo. Papai convocou o Titã Oceano, que também controlava as águas, para nos ajudar. Oceano não tinha problema algum com papai ou com os Olimpianos. Diferentemente de muitos outros Titãs, Oceano jamais fez nada contra os Deuses do Olimpo, e nem mesmo se envolveu na Grande Guerra entre Deuses e Titãs milhares de anos atrás. Portanto, não tinha nenhum desafeto com tais. Além de Oceano, papai convocou todas as sereias, o deus Ponto, um antigo pré-olímpico do mar, todos os hipocampos, as ondinas (espíritos da natureza de vive nos rios), os Pégasos e as Hidras. Todos são controladores do Elemento Água. Além deles, papai chamou as dríades, as ninfas, o deus Pã, Selene (a Deusa da Lua), a deusa Deméter, entre outros seres míticos, deuses e semideuses capazes de controlar o Elemento Terra (o que nos incluía nisso, também). Assim, nossa luta contra o fim do mundo começava. Noss inimigo? A própria natureza. Deveríamos impedir o seu fim. 

Kamimi 神ミ - ۩ - 33回転盤 (Trinta e Três)

A terra estremeceu. Colunas enormes de pedras de cristais subiram majestosamente. Uma grande luz verde explodiu por todos os cantos do Vale. Era ela, a Deusa Gaia, bem à nossa frente.
Logo que acabei de invocar a Deusa Gaia para a luta, todos, obviamente, ficaram perplexos. Gaia era a maior Deusa da Terra de todos os universos. Aproveitando o embalo, uma grande energia Ki começou a tomar o Vale. Nesse mesmo instante, Carl invocou seu pai:
- Técnica suprema do Elemento Vento, eu lhe invoco: Poseidon, o Deus dos Mares!
Uma grande onda levantou, e começou a tomar a forma de um redeminho. O redemoinho brilhou de um estranho azul marinho, e a água começou a se levantar. Logo, a água tomou a forma do Deus dos Mares, Poseidon, o que deixou os inimigos ainda mais perplexos.
Para completar o evento, Perseu passou a mão sobre sua marca mágica e invocou o Raio Mestre de Zeus, repetindo as seguintes palavras logo depois:
- Técnica suprema do Elemento Vento, eu lhe invoco: Zeus, o Deus dos Céus!
Os ventos dos quatro cantos do planeta se juntaram, e formou-se um furacão ao redor de Perseu. Então, uma forte luz branca birlhou intensamente, e o furacão tomou a forma de Zeus. Zeus, Poseidon e Gaia, obviamente, eram gigantes, e estavam todos alí, reunidos logo atrás de nós.
A chegada de Zeus inquietou os inimigos. Como eles poderiam lidar com tantos deuses tão poderosos? Foi então que Helen se cansou:
- Técnica suprema do Elemento Fogo, eu lhe invoco: Hades, o Deus do Fogo!
Dito e feito. Uma grande bola de fogo se formou ao redor de Helen, e uma forte luz laranja brilhou para todos. Logo, alí estava ele, Hades, o Deus do Fogo e pai de Helen.
Aproveitando o embalo, Thalia, a garota que era a feiticeira sinistra da Nação da Terra (que nada tinha a ver com uma feiticeira, já que ela era de uma exuberante beleza), usou uma técnica secreta:
- Técnica Secreta: Transformação! Fada Mítica! - sim, é mítica, e não mística. Mítica vem de mito.
Logo, Thalia transformou-se em uma fada alada, com cabelos azuis, olhos pintados como os de Lady Gaga, vestido extravagante de princesa, coroa como a de Elizabeth II, sapatos de crital, batom preto nos lábios, esmalte vermelho nas unhas, asas de borboleta de cor rosa com brilhantes bordas verdes florescentes e olhos laranjas. E, é claro, sua inseparável varinha de condão.
Keinan e Justin não ficaram para trás. Ambos ativaram suas técnicas especiais. Keinan concentrou-se em seus misteriosos olhos, e Justin em sua extraordinária velocidade. Logo, eu, Keinan e Justin ativamos um outro truque escondido em nossas mangas:
- Estilo Reino, técnica ocular: KAMIMI!
Kamimi é a nossa técnica suprema. Meus olhos ficaram como os de um Vampiro. Os olhos de Justin ficaram como os olhos de Horus, e os de Keinan ficaram como os olhos de um Dragão. Mas, para quem pensa que isso é apenas enfeite, está profundamente enganado. Esses olhos místicos nos dão poderes exclusivos, como por exemplo:
* O poder de controlar todos os 9 elementos. São eles: Terra, Vento, Água, Fogo, Raio, Universo, Divino, Vida e Morte.
* O poder de criar ilusões e distorcer a realidade.
* O poder de controlar toda e qualquer invocação feita pelo inimigo.
* O poder de hipnotizar adversários.
* O poder de criar vortexes ultradimensionais e ultratemporais, permitindo a nós nos locomover na velocidade da luz.
Habilidades exclusivas, como por exemplo:
Alexander/Hinochi (eu):
* O controle total e absoluto sobre a telecinese. Isso significa poder para levitar, mexer ou deslocar quaisquer coisas de pesos infinitos em qualquer lugar, ou seja, a distâncias infinitas.
* O controle da galáxia Andrômeda.
* O controle sobre todos os continentes.
Justin/Kouji:
* O controle total e absoluto sobre o tempo-espaço. Isso significa que ele pode se locomover a velocidades infinitas. Em um piscar de olhos, ele pode chegar aos confins do Universo.
* O controle da galáxia Centaurus A.
* O controle sobre todos os continentes.
Aileen/Keinan:
* O controle total e absoluto sobre a força. Isso significa que ela possui força física infinita, podendo, por exemplo, quebrar toda a Cadeia Montanhosa do Himalaia com um peteleco.
* O controle da galáxia Grande Nuvem de Magalhães.
* O controle sobre todos os continentes.
Os inimigos, é claro, entraram em desespero instantâneo. Mas eles esqueceram que para isso é necessário gastar muito, mas muito Ki mesmo! Fora o fato de que esse poder todo não pode ser mantido por muito tempo...
Enfim, como sempre, o Fogo é o apressadinho. Hades jogou uma tremenda explosão de fogo que teria nos transformado em torresmos ou marshmallows tostados, se não fosse por Poseidon, que ergueu uma tremenda Tsunami em nossa frente, e jogou tudo aquilo em Hades logo depois. Mas Hades, é claro, não se intimidou. Ele usou a técnica Ílios (Sol, em grego), como a usada por Helen ateriormente. Foi aí que eu percebi que Helen havia aprendido com seu pai. Logo após, Gaia atacou. Ela jogou uma enorme onda de areia, do tamanho da Tsunami de Poseidon. Poseidon, para ajudar, jogou outra Tsunami. Assim, ficou uma espessa e gigantesca mistura água e areia, formando uma espécie de areia movediça, que para a felicidade geral da nação, acertou.
Hades e todos os outros ficaram presos por alguns segundos, mas não deu tempo nem de cantar vitória, já que eles se libertaram logo depois. Foi então que houve a revanche. Zeus, que estava quieto até então, levantou seu Raio Mestre, e automaticamente, dezenas de furacões enormes atingiram o chão. É claro que, enquanto tudo isso acontecia, os outros membros das Nações estavam duelando em uma batalha sangrenta.
Mas, para a surpresa de Zeus, a Nação do Universo enviou dúzias e mais dúzias de meteoros aquecidos a milhares de graus Centígrados. Porém, para a surpresa deles, Gaia apenas fez um gesto circular com as mãos, e todas as pedras dos meteoros desapareceram. Porém, o fogo continuava caindo, e Hades aproveitou os fogos caindo e tomou o controle sobre eles, e os juntou aos furacões de Zeus, tomando o controle sobre eles também, e transformando-os em enormes furacões incandescentes, o que fez com que Thalia entrasse em cena. Thalia, na sua forma de fada, usou um feitiço super-poderoso que dissipou os furacões incendiados, fazendo com que Hades ficasse impressionado com tamanaho poder. Logo depois, Thalia deixou de defender e passou para o ataque:
- Parangelía Mageía! - do grego, Ordem Mágica!
O feitiço de Thalia diminuiu o Ki de todos os inmigos em 25%. Isso, em uma luta, equivale a dezenas de técnicas elementais, o que fez com que os inimigos ficassem enfurecidos.
Hades, então, fez alguns símbolos com as mãos e as apontou simultaneamente para a frente, como alguém mandando parar. Então, logo que ele apontou as mãos, o campo inteiro de batalha virou lava escaldante, exceto uma lacuna que ele deixou onde estavam seus aliados. Porém, quando o fogo estava chegando, Poseidon jogou água mágica sobre a lava incandescente, e o choque térmico transformou a lava em rochas. Gaia aproveitou, é claro, para usar toda aquela quantidade rochosa para atacar. Afinal, toda pedra é uma rocha, mas nem toda rocha é uma pedra. Isso significa que ela não atacou apenas com pedras, mas também com terra e minerias. Zeus, então, resolveu dar uma forcinha, e jogou um vento tão cortante que cortaria o Monte Everest ao meio. Poseidon jogou uma onda de água mágica com cerca de 2000 metros de altura, e Gaia juntou todas as rochas e transformou em uma rajada esverdeada mais rápida do que a luz. Hades tentou criar um clicone de fogo ao seu redor para se defender, mas não teve jeito, foi derrotado, e ouviu-se um estrondoso som de impacto quando ele desapareceu e voltou ao submundo. Hades não morreu porque, como todos sabem, ele é um Imortal. Então, Poseidon, Gaia e Zeus despediram-se e foram recarregar suas energias.
Tudo parecia ótimo, mas a batalha estava longe de acabar. Ainda estávamos frente a frente com cerca de 30000 dobradores de Fogo, Raio e Universo para nos enfrentar. Isso fora o fato de que a Fênix, Yemanja, o Cerberus e Nike ainda estavam lá. Foi aí que estreiamos os Kamimi.